No mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, o Espaço Quai D’Orsay traz uma série de eventos especiais com destaque para ELAS: as aficionadas – mulheres apreciadoras da arte de degustação de charutos.
Degustar um charuto é uma sensação única. Este artigo é capaz de fechar com chave de ouro uma boa refeição, de fazer par com uma bela bebida ou mesmo complementar um bom papo entre amigos. O hábito sempre esteve relacionado à sofisticação, personalidade, charme e estilo, mas foi historicamente associado ao universo masculino, como um prazer exclusivamente reservado aos homens.
Quando se tenta unir as imagens de charutos e mulheres, rapidamente vem à mente a tradicional figura das tabaqueiras nas fábricas enrolando o tabaco. Uma visão no mínimo simplista, já que muitas mulheres fazem parte da trajetória do charuto – desde o plantio do tabaco até o consumo final, papel este que a mulher vem cumprindo cada vez mais.
A história da #ANILHA
Voltando um pouco na história, uma das versões da criação da anilha, o anel de papel que envolve o charuto com o logo ou nome da marca, é atribuída à rainha russa Catarina, a Grande. A rainha era uma aficionada por charutos e ordenou que eles fossem envolvidos em um pedaço de seda para que não manchassem suas luvas brancas.
Atualmente as anilhas além de identificarem os charutos com a marca do produtor, também marcam Edições Regionais ou comemorativas de cada charuto em um segundo anel que envolve o produto – podendo este ser retirado ou não antes de ascender, a critério do degustador.
COHIBA – O papel da mulher na marca mais famosa do mundo
Já em Cuba, quando Fidel Castro decidiu criar a Cohiba, notou que na época o número de homens trabalhando com tabaco era superior ao de mulheres. Por isso, decidiu criar uma escola para que elas pudessem aprender a manufatura do produto. Depois de um ano de aprendizado, a primeira turma estava apta para a produção e, em 1966, iniciou nas atividades da marca.
A relação da Cohiba com as mulheres não pára por ai. O nome Cohiba, inspirado na palavra indigena para os rolos de folhas secas que os índios fumavam, foi sugerido por uma mulher, Celia Sánchez Manduley, guerrilheira e principal auxiliar do comandante Fidel Castro. Mais recentemente, em 1995, a mesma empresa teve a primeira mulher no cargo de diretora em uma fábrica de charutos do mundo. Emilia Tamayo trabalhava na área contábil da Cohiba, mas teve seu excelente trabalho reconhecido e passou a diretora, onde ficou famosa pelas melhorias que fez na empresa.
É impossível não mencionar também as diversas mulheres do universo artístico que sempre estiveram acompanhadas por um charuto. É esse o caso da escritora, poetisa e feminista americana Gertrude Stein, a poetisa Amy Lowell e das romancistas francesas Sidonie Gabrielle Colette e George Sand.
Já a soprano australiana Nellie Melba recebia os melhores charutos da extinta fábrica cubana La Africana, conhecida também por ter sido a primeira empresa tabaqueira a empregar uma mulher, em 1878. Atrizes como Marlene Dietrich, Jodie Foster, Whoopie Goldberg, Demi Moore, Drew Barrymore, Sharon Stone, Linda Evangelista e Nicole Kidman e as brasileiras Fafá de Belém e Luiza Brunet também são apaixonadas pela arte das baforadas.
Apesar de tantos episódios relacionando o tabaco às mulheres, ainda existe uma grande (e falsa) convenção de que charutos são para homens, o que sustenta pensamentos preconceituosos de que as consumidoras têm um ar masculino. O lendário Zino Davidoff, criador da marca Davidoff, costumava dizer “se sua mulher não gosta do aroma do seu charuto, troque de mulher”. Mas os tempos estão mudando e atualmente Vahé Gérard, proprietário da mundialmente conhecida loja Gérard Père & Fils em Genebra, afirma com humor que “se sua mulher não gosta do aroma do seu charuto, troque de marca”, referindo-se à maior sensibilidade e sentidos mais apurados que elas possuem.
Espaço para ELAS
Para as mulheres que têm vontade de se iniciar nessa arte, mas ainda se sentem constrangidas de freqüentar tabacarias, uma boa maneira é começar freqüentando as inúmeras confrarias de mulheres que apreciam charutos, como a Confraria de Mulheres de São Paulo que se reúne periodicamente no #CigarLounge do Espaço Quai D’Orsay Tabacaria | Bar | Café, na região do Jardins, para degustarem seus charutos com toda sofisticação e exclusividade que eles merecem!
Inscreva-se aqui para receber o convite do próximo encontro da Confraria de Mulheres de São Paulo.
Fonte / Adaptação:
Le bon Vivant Charuto | Gastronomia | Lifestyle
Colaboração: Márcia Bonneaud
Espaço Quai D’Orsay Tabacaria | Bar | Café
Rua Haddock Lobo, 932 – Jardins – São Paulo
Tel. (11) 3582-4444
Informações e reservas: contato@quaidorsay.com.br
Eventos: comercial@quaidorsay.com.br
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